Quem nunca teve dúvida sobre qual a terminologia correta para falar de pessoas com deficiência? Essa dúvida permanece em nossas cabeças, afinal ouvimos Portador de Necessidades Especiais, Deficiente, Pessoa Portadora de Deficiência, Pessoa com Deficiência etc. Então perguntamos: Como devemos nos referir a esses cidadãos?
Ao longo da história, essas pessoas já foram tratadas como: inválidos, incapacitados, defeituosos, deficientes, excepcionais, pessoas deficientes e muitos outros termos.
Para entendermos que nem todos as terminologias já citadas são sinônimas é importante saber:
É fundamental o uso da palavra “pessoa”.
A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa e esta pessoa não porta sua deficiência. Ela tem uma deficiência. Tanto o verbo “portar” como o substantivo ou o adjetivo “portadora” não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa. Uma pessoa só porta algo que ela possa não portar, deliberada ou casualmente. Por exemplo, uma pessoa pode portar uma pasta se houver necessidade e deixá-lo em algum lugar por esquecimento ou por assim decidir. Não se pode fazer isto com uma deficiência, é claro.
Pessoa Portadora de Necessidades Especiais é um termo que só deve ser utilizado para referir-se à Educação. Não é sinônimo de “Pessoas com Deficiência". Trata-se de um grupo mais amplo, que tem necessidades educacionais especiais, isto é, pessoas que não necessariamente têm uma deficiência. Exemplo de pessoas com necessidades educacionais especiais são os alunos com altas habilidades.
Atualmente, o termo adequado para falarmos sobre esse grupo de pessoas é “pessoas com deficiência”. O movimento de pessoas com deficiência em todo o Mundo definiu que é desta maneira que devem ser “chamadas”, em todos os idiomas. Além disso, essa terminologia tem sido usada nos documentos internacionais mais recentes.
Caso você queira tratar especificamente de um tipo de deficiência não há nenhum inconveniente em usar as expressões “pessoa cega ou cego” e “pessoa surda ou surdo”. Nunca falar “surdo-mudo” nem “ceguinho”.
E lembre-se: Nada de tentar camuflar a deficiência usando a expressão “Pessoas Especiais”. Todos somos especiais!! Tampouco devemos nos referir a elas como pessoas que têm problemas, afinal ter problemas não é “privilégio” de pessoas com deficiência.
3 comentários:
Primeiramente, gostaria de parabenizar a ação do PVS em trazer informações esclarecedoras sobre inclusão. Creio que nada é mais válido do que o conhecimento para que possamos combater o preconceito. Entretanto, ao abordar a questão a terminologia que deve ser empregada, me pareceu que o terceiro ponto ficou um pouco confuso, pois afirma ter uma diferença entre "Pessoa Portadora de Necessidades Especiais" e "Pessoa com deficiência", mas não deixa claro qual é esta diferença. Talvez fosse conveniente trazer este esclarecimento.
Pessoa Portadora de Necessidades Especiais é um termo que só deve ser utilizado para referir-se à Educação. Não é sinônimo de “Pessoas com Deficiência. Trata-se de um grupo mais amplo, que tem necessidades educacionais especiais, isto é, pessoas que não necessariamente têm uma deficiência. Exemplo de pessoas com necessidades educacionais especiais são os alunos com altas habilidades.
olá, Carol
Meu nome é Maria Raquel, sou orientadora Educacional e trabalho em uma escola em Taguatinga, li o seu texto e gostei muito. Gostaria de usá-lo em Coordenações Pedagógicas com os professores da minha escola com o objetivo de melhorar a compreensão sobre o tratamento adequado aos alunos com deficiência. Obrigada
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